Sim e não andam juntos e dependem um do outro para existir. Sem um, o outro não teria razão de ser. Assim é a política, sem oposição não existe democracia.
Imaginem, todos do mesmo lado? Seria como se em um barco toda a tripulação ocupasse apenas um lado da embarcação. Certamente o barco afundaria. Assim tem que ser na política. Não pode e não deve existir um lado apenas para que quem estiver no poder não faça o que bem entender.
Oposição em política é tão necessária quando a situação. É no embate dos dois lados que se constrói o melhor das opções. Por exemplo: um prefeito deseja asfaltar apenas e não se ocupa de outras áreas da administração. É necessário que exista uma oposição para lembrar a ele que as outras coisas, que são função do município, como transporte público, limpeza, por exemplo, também precisam ser feitas. Oposição é sim, um bem para a população e é necessária.
É por meio das ações de oposição que se fiscaliza a situação para que as realizações necessárias sejam concluídas conforme prometido. A ação da oposição, assim, é um complemento das ações governamentais.
Infelizmente tem-se confundido oposição com agressão, tanto de um lado como de outro.
Ora é necessário que quem está no poder saiba que é necessário e saudável a existência da oposição. Que é a sua existência que torna possível a realização de uma administração bem encaminhada.
A fuça da oposição é como se fosse a “consciência” que aponta o problema e a necessidade de fazer de forma diferente. É por meio da ação da oposição que pessoas mal intencionadas não conseguem realizar seus intentos, muitas vezes prejudicando um projeto da situação, que é necessário, mas que toma rumo diferente pela ação de uma pessoa ou grupo que não vê contestação e desvirtua suas ações.
Assim, é necessário, é importante que exista a oposição, para que as coisas andem dentro de uma linha que atenda às vontades mas que também não exceda os limites que a lei impõe. Oposição é necessária para que a situação funcione, resumimos. E quem está no poder precisa entender isso e conviver pacificamente com a situação.
Por outro lado, é necessário que o opositor saiba que fazer oposição não é apregoar inimizades.
Não se caminha enquanto oposição, tentando barrar a realização do outro. A função do oposicionista é obre enquanto ele age pelo interesse público e não pessoal ou de grupos. Opor não é barrar o outro, é atuar para que as coisas aconteçam com a maior transparência e seriedade possível.
Tanto a situação tem que respeitar a oposição quanto no caminho inverso. A situação não pode ver toda ação da oposição como contrária, mas como alerta; assim como a oposição não deve e não pode agir apenas com o intuito de barrar o que o outro está fazendo. Não se pode fazer “oposição burra”, como se classifica esse tipo de ato na política.
Enfim, situação e oposição se complementam e devem existir, civilizadamente.
As posições políticoideológicas devem permanecer no campo do debate de ideias.
É excelente que existam pensamentos divergentes, para que não prevaleça apenas uma opinião. Mas não é necessário que a opinião de um lado seja imposta ao outro. Debater, discutir, opor ideias é necessário e resulta em ganho para todos os lados. Pensem nisto, porque política sem oposição é arremedo de ditadura!
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