Agricultor foi arrastado por um vagão e escapou por pouco de ser morto
Histórias envolvendo acidentes com trens de ferro costumam ser trágicas. Muito pouca gente escapa com vida ao ser atingida por uma composição, ao ponto de se poder afirmar que só por milagre isso acontece. Em Carmo da Mata, o agricultor Pacu viveu essa experiência rara. Arrastado por um vagão enquanto atravessava a linha férrea na entrada da cidade, ele sobreviveu depois de ficar dias entre a vida e a morte.
Pacu, cujo nome é Valtair Luís de Moura, nasceu em 10 de junho de 1935. Um dos 8 filhos de José Ferreira de Moura e Maria de Oliveira, ele cresceu na zona rural.
Pela manhã, pouco depois das 6 horas, Pacu pegou carona num caminhão até o ponto de ônibus que fica próximo da antiga estação ferroviária, na saída da cidade. Com fome, pois não tinha tomado café ao se levantar, o agricultor deixou nos pontos suas caixas, fechadas a cadeado, e decidiu usar os momentos que faltavam até a chegada do ônibus para voltar a sua casa e comer alguma coisa. A intenção do agricultor era ir e voltar rápido, a tempo de embarcar no carro que passaria às 7 horas.
Por obra do destino, porém, aquela viagem acabaria não ocorrendo. Dirigindo-se à sua casa, que ficava nas proximidades da estação, ele viu a locomotiva do trem de ferro apitando ao longe, vindo de Divinópolis em direção a Oliveira. Para chegar a sua casa, Pacu precisaria atravessar a linha férrea. A travessia era feita corriqueira por diversas pessoas. Para impedir acidentes, havia no local uma barreira de sinalização manual operada por funcionários da estação ferroviária, indicando se a passagem pela linha estava livre ou impedida para pedestres.
Ao ver que a sinalização indicava passagem livre, Pacu avançou sobre a linha férrea. Preocupado em tomar seu café e voltar a tempo de tomar o ônibus que o levaria a Divinópolis, o agricultor confiou na indicação da barreira. O que se seguiu nos segundos seguintes foi algo extraordinário. Ao levantar a cabeça, Pacu viu à sua frente a enorme massa metálica do trem de ferro avançando rápido em sua direção, sem lhe dar a menor chance. Foi essa a última visão que ele teve antes de perder os sentidos.
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