—►Pequenos retábulos (estruturas ornamentais em pedra ou talha de madeira que se elevam na parte posterior de um altar de uso domiciliar), os oratórios tiveram origem nos primórdios da Idade Média. De início, essas ‘capelas’ eram concebidas para que, diante delas, os reis de fé religiosa fizessem suas preces e reflexões.
Os oratórios evoluíram ao longo do tempo, passando a ter uso particular. Impondo-se nos costumes da realeza, as famílias mais abastadas também queriam ter o seu próprio ‘altar’.
►Peculiaridades
Os oratórios brasileiros podem ser vistos como um ‘mosaico’ de imagens interligadas a outras, de caráter estatuário, conformando uma arte de feição popular extremamente engenhosa.
Completam, assim, os aspectos antropológicos da manifestação religiosa, os sermões pregados nas igrejas, na música sacra, nas procissões e em outras manifestações barroco-religiosas.
Como oratórios singulares, citamos a Arca-Oratório, o Oratório de Alcova e o Oratório de Pingente, em ouro.
Também citamos os Oratórios de Viagem, como o Oratório de Convento e o Oratório de ‘Esmoler’, de ferro batido.
Na fé cotidiana, o oratórios serviam, também, como objetos de devoção, como bem significam os Oratórios afro-brasileiros, feitos de latão e madeira, ou somente de madeira.
Havia também, como ainda há, os Oratórios-bala, compondo também os acervos dos oratórios populares domésticos.
É importante ressaltar que alguns oratórios tomavam modelos eruditos como referência, onde seus artífices baseavam-se em peças refinadas, reformulando-as criativamente; todavia, a maioria dos oratórios tinha, em geral, o formato de um pequeno armário.
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