Moderada a euforia causada pela emancipação em 30 de agosto de 1911, os claudienses passaram a aguardar os festejos e as solenidades da instalação da cidade, recém desmembrada de Oliveira. Os meses foram se passando e os cidadãos claudienses tiveram que esperar quase um ano para a instalação do município, que aconteceu no dia 1º de julho de 1912.
No dia da instalação o município revestiu-se de grande solenidade com a participação de toda a população e de convidados de diversas localidades para os festejos comemorativos da instalação, a cidade se viu apinhada de pessoas que, ansiosamente, aguardavam o evento. A sede do novo município caprichosamente ornamentada em suas principais ruas oferecia um aspecto aconchegante e hospitaleiro que realçava a beleza topográfica da cidade, cujos edifícios principais bem tratados atestavam a abastança e o conforto de uma sociedade culta. Às 04:00 horas da manhã, após uma salva de 21 tiros de dinamite, foi hasteado no paço municipal o pavilhão nacional, executado o Hino Nacional; logo em seguida saiu uma avultada passeata acompanhada de duas excelentes bandas claudienses.
Às 09:00 horas, grande multidão acompanhada pelas bandas de músicas e orientada pela comissão dos festejos aguardava na plataforma da estação ferroviária a chegada dos convidados pelo expresso das 09:00 horas. Ao chegar o comboio, ao som de dobrados marciais e estourar de foguetes ergueram-se aclamações e saudações aos convidados que ali desembarcavam: Deputado Ferreira de Carvalho, representantes do Governo do Estado, Dr. Francisco Sales, ao Coronel João Alves de Oliveira e ao redator do Jornal Gazeta de Minas da cidade de Oliveira, Olympio de Castro.
De volta da estação, ao passar o cortejo pela Rua Direita, da sacada do paço municipal, o ilustre farmacêutico Clarimundo Agapito Pais saudou o deputado Ferreira de Carvalho; logo depois da saudação de Clarimundo o deputado em um brilhante discurso de improviso prometeu seus esforços em prol da nova cidade de Cláudio. A comitiva dirigiu-se em seguida para a residência do Sr. Antônio Guimarães onde foi servido um excelente almoço aos convidados. Logo após o almoço, iniciou-se a missa solene celebrada pelo querido vigário na época, João Alexandre de Mendonça, que também concedeu bênção para o novo município. Dando sequência aos festejos foi organizada uma belíssima procissão conduzindo o crucifixo até o prédio do paço onde foi colocado em um nicho próprio, no salão nobre da Câmara. Neste momento, usaram da palavra o vigário João Alexandre de Mendonça enaltecendo a sociedade claudiense, dando parabéns e evocando bênçãos do céus para o novo município, discurso esse que foi muito aplaudido pelos presentes.
Às 12:00 horas tomaram assento os vereadores, presidindo a sessão o vereador José Gonçalves Ferreira Primo, por ser o mais velho e que já presidia as sessões preparatórias, secretariado pelo vereador mais moço Ascânio Cândido de Moraes Castro que, de pé e com a mão no livro dos Santos Evangelhos, prestando assim o juramento que foi seguido pelos demais vereadores. Nesse momento, houve uma salva de fogos de artifícios, o Hino Nacional foi executado e os vereadores cobertos por confetes dourados por gentis senhoras.
Em seguida, lavrou-se o termo de instalação do município e a eleição do presidente, sendo eleito unanimemente o Major Joaquim da Silva Guimarães, presidente da Câmara. Sendo assim, o Major Joaquim da Silva Guimarães assumiu a presidência e declarou que ia proceder a eleição de vice-presidente e secretário; para vice-presidente foi eleito o farmacêutico Clarimundo Agapito Pais e para secretário Dr. Felício Brandi. Também naquele momento ficaram definidas as comissões permanentes. Na época da instalação do município de Cláudio, em julho de 1912, quem exercia o poder executivo nas cidades eram as Câmaras Municipais através do seu presidente, que tinham funções executivas como as das atuais prefeituras de hoje.
O farmacêutico Clarimundo leu vários telegramas e cartas do Governo do Estado, dando os parabéns e fazendo votos pela prosperidade da comunidade. Também foi apresentado ofício do senhor chefe de Polícia do Estado que não estava presente, mas que se fazia representado pelo delegado Carlos Libâneo Rodrigues. Por intermédio de sua netinha, Maria José Victoy Pais, filha do ilustre vereador Clarimundo Agapito Pais, a primeira professora nomeada para Cláudio que, em 1912, já se encontrava aposentada a Sra. Maria de Jesus Pais, a Sá Mestra, remeteu um ofício oferecendo um tinteiro de fino valor e uma caneta e pena de ouro para serem usados na nova Câmara Municipal da nova cidade.
A criança Maria José recebeu os agradecimentos e retirou-se debaixo de uma chuva de confetes dourados. Clarimundo Agapito Pais tomou a palavra e fez o discurso oficial apresentando inda inúmeras cartas de congratulações pelo acontecimento, entre elas a do deputado Pandiá Calógeras Senna Figueiredo e Lamounier e do Sr. Luís Antônio, dentre outras. O deputado Ferreira de Carvalho, em um eloquente e primoroso discurso, saudou o novo município e seus batalhadores, recebendo vivas e aplausos da multidão que aclamou entusiasmadamente. Seu discurso foi sucedido pelos senhores Dr. Oliveira Braga, Dr. Ronan da Silva, o vigário João Alexandre de Mendonça e, por último, Pedro Aragão e Carmona que falou em espanhol e salientou os serviços da venerada professora D. Maria de Jesus Pais, a Sá Mestra, e na ocasião também destacou a importância do vigário na formação da atual sociedade e dos ilustres iniciadores da criação do município, o Major Joaquim da Silva Guimarães e o farmacêutico Clarimundo Agapito Pais. Terminadas as solenidades houve bênçãos do Santíssimo Sacramento pelo vigário acolitado e pelo seu ilustre coadjutor Padre Henrique de Moraes.
Mais festejos
Depois da noite glamourosa com baile no salão nobre da Câmara e sessão cinematográfica no cinema permanente local. No dia seguinte, também houve baile e mais sessão cinematográfica. A Câmara Municipal já em atividade também realizou várias reuniões para se tratar de matérias urgentes; em sua terceira sessão, o secretário Dr. Felício Brandi através de requerimento sugeriu que a Câmara e as autoridades acompanhassem o ilustre deputado Ferreira de Carvalho até a Estação Ferroviária por ocasião de sua partida da cidade.
O vereador Clarimundo Agapito Pais comovido e grato fez um discurso de despedida representando o povo de Cláudio; Ferreira de Carvalho, da plataforma do vagão, despediu-se e agradeceu a receptividade da mais nova cidade de Minas Gerais. A Câmara, em sua sessão de posse, apresentou-se uma moção unânime aprovada pelos edis de agradecimentos e apoio ao Coronel Bueno Brandão, Dr. Delfim Moreira, Ferreira de Carvalho, Senna Figueiredo e Dr. Francisco Sales.
A comissão de festejos da Instalação do Município de Cláudio era composta pelo Coronel Domingos Guimarães, Carlos Libâneo, Capital João Cândido de Moraes Castro, João Batista de Assis e Ascânio Candido de Moraes Castro, também existia comissão de ornamentação composta pelos senhores Inocêncio Amorim, João Gonçalves C. Sobrinho, João Calixto, Virgílio Moura, Jupyra Lopes e as senhoras Iracema Amorim, Isaltina Victoy, Maria Mourão e D. Mariana de Assis. E assim, em meio a maior alegria, entusiasmo e vibração, os claudienses com os olhos fixos em Deus e em sua Padroeira Nossa Senhora da Conceição Aparecida, deram início à nova vida alicerçada nos preceitos da ordem do progresso.
Moderada a euforia causada pela emancipação em 30 de agosto de 1911, os claudienses passaram a aguardar os festejos e as solenidades da instalação da cidade, recém desmembrada de Oliveira. Os meses foram se passando e os cidadãos claudienses tiveram que esperar quase um ano para a instalação do município, que aconteceu no dia 1º de julho de 1912. No dia da instalação o município revestiu-se de grande solenidade com a participação de toda a população e de convidados de diversas localidades para os festejos comemorativos da instalação, a cidade se viu apinhada de pessoas que, ansiosamente, aguardavam o evento. A sede do novo município caprichosamente ornamentada em suas principais ruas oferecia um aspecto aconchegante e hospitaleiro que realçava a beleza topográfica da cidade, cujos edifícios principais bem tratados atestavam a abastança e o conforto de uma sociedade culta. Às 04:00 horas da manhã, após uma salva de 21 tiros de dinamite, foi hasteado no paço municipal o pavilhão nacional, executado o Hino Nacional; logo em seguida saiu uma avultada passeata acompanhada de duas excelentes bandas claudienses. Às 09:00 horas, grande multidão acompanhada pelas bandas de músicas e orientada pela comissão dos festejos aguardava na plataforma da estação ferroviária a chegada dos convidados pelo expresso das 09:00 horas. Ao chegar o comboio, ao som de dobrados marciais e estourar de foguetes ergueram-se aclamações e saudações aos convidados que ali desembarcavam: Deputado Ferreira de Carvalho, representantes do Governo do Estado, Dr. Francisco Sales, ao Coronel João Alves de Oliveira e ao redator do Jornal Gazeta de Minas da cidade de Oliveira, Olympio de Castro. De volta da estação, ao passar o cortejo pela Rua Direita, da sacada do paço municipal, o ilustre farmacêutico Clarimundo Agapito Pais saudou o deputado Ferreira de Carvalho; logo depois da saudação de Clarimundo o deputado em um brilhante discurso de improviso prometeu seus esforços em prol da nova cidade de Cláudio. A comitiva dirigiu-se em seguida para a residência do Sr. Antônio Guimarães onde foi servido um excelente almoço aos convidados. Logo após o almoço, iniciou-se a missa solene celebrada pelo querido vigário na época, João Alexandre de Mendonça, que também concedeu bênção para o novo município. Dando sequência aos festejos foi organizada uma belíssima procissão conduzindo o crucifixo até o prédio do paço onde foi colocado em um nicho próprio, no salão nobre da Câmara. Neste momento, usaram da palavra o vigário João Alexandre de Mendonça enaltecendo a sociedade claudiense, dando parabéns e evocando bênçãos do céus para o novo município, discurso esse que foi muito aplaudido pelos presentes. Às 12:00 horas tomaram assento os vereadores, presidindo a sessão o vereador José Gonçalves Ferreira Primo, por ser o mais velho e que já presidia as sessões preparatórias, secretariado pelo vereador mais moço Ascânio Cândido de Moraes Castro que, de pé e com a mão no livro dos Santos Evangelhos, prestando assim o juramento que foi seguido pelos demais vereadores. Nesse momento, houve uma salva de fogos de artifícios, o Hino Nacional foi executado e os vereadores cobertos por confetes dourados por gentis senhoras. Em seguida, lavrou-se o termo de instalação do município e a eleição do presidente, sendo eleito unanimemente o Major Joaquim da Silva Guimarães, presidente da Câmara. Sendo assim, o Major Joaquim da Silva Guimarães assumiu a presidência e declarou que ia proceder a eleição de vice-presidente e secretário; para vice-presidente foi eleito o farmacêutico Clarimundo Agapito Pais e para secretário Dr. Felício Brandi. Também naquele momento ficaram definidas as comissões permanentes. Na época da instalação do município de Cláudio, em julho de 1912, quem exercia o poder executivo nas cidades eram as Câmaras Municipais através do seu presidente, que tinham funções executivas como as das atuais prefeituras de hoje. O farmacêutico Clarimundo leu vários telegramas e cartas do Governo do Estado, dando os parabéns e fazendo votos pela prosperidade da comunidade. Também foi apresentado ofício do senhor chefe de Polícia do Estado que não estava presente, mas que se fazia representado pelo delegado Carlos Libâneo Rodrigues. Por intermédio de sua netinha, Maria José Victoy Pais, filha do ilustre vereador Clarimundo Agapito Pais, a primeira professora nomeada para Cláudio que, em 1912, já se encontrava aposentada a Sra. Maria de Jesus Pais, a Sá Mestra, remeteu um ofício oferecendo um tinteiro de fino valor e uma caneta e pena de ouro para serem usados na nova Câmara Municipal da nova cidade. A criança Maria José recebeu os agradecimentos e retirou-se debaixo de uma chuva de confetes dourados. Clarimundo Agapito Pais tomou a palavra e fez o discurso oficial apresentando inda inúmeras cartas de congratulações pelo acontecimento, entre elas a do deputado Pandiá Calógeras Senna Figueiredo e Lamounier e do Sr. Luís Antônio, dentre outras. O deputado Ferreira de Carvalho, em um eloquente e primoroso discurso, saudou o novo município e seus batalhadores, recebendo vivas e aplausos da multidão que aclamou entusiasmadamente. Seu discurso foi sucedido pelos senhores Dr. Oliveira Braga, Dr. Ronan da Silva, o vigário João Alexandre de Mendonça e, por último, Pedro Aragão e Carmona que falou em espanhol e salientou os serviços da venerada professora D. Maria de Jesus Pais, a Sá Mestra, e na ocasião também destacou a importância do vigário na formação da atual sociedade e dos ilustres iniciadores da criação do município, o Major Joaquim da Silva Guimarães e o farmacêutico Clarimundo Agapito Pais. Terminadas as solenidades houve bênçãos do Santíssimo Sacramento pelo vigário acolitado e pelo seu ilustre coadjutor Padre Henrique de Moraes.
Mais festejos
Depois da noite glamourosa com baile no salão nobre da Câmara e sessão cinematográfica no cinema permanente local. No dia seguinte, também houve baile e mais sessão cinematográfica. A Câmara Municipal já em atividade também realizou várias reuniões para se tratar de matérias urgentes; em sua terceira sessão, o secretário Dr. Felício Brandi através de requerimento sugeriu que a Câmara e as autoridades acompanhassem o ilustre deputado Ferreira de Carvalho até a Estação Ferroviária por ocasião de sua partida da cidade. O vereador Clarimundo Agapito Pais comovido e grato fez um discurso de despedida representando o povo de Cláudio; Ferreira de Carvalho, da plataforma do vagão, despediu-se e agradeceu a receptividade da mais nova cidade de Minas Gerais. A Câmara, em sua sessão de posse, apresentou-se uma moção unânime aprovada pelos edis de agradecimentos e apoio ao Coronel Bueno Brandão, Dr. Delfim Moreira, Ferreira de Carvalho, Senna Figueiredo e Dr. Francisco Sales.
A comissão de festejos da Instalação do Município de Cláudio era composta pelo Coronel Domingos Guimarães, Carlos Libâneo, Capital João Cândido de Moraes Castro, João Batista de Assis e Ascânio Candido de Moraes Castro, também existia comissão de ornamentação composta pelos senhores Inocêncio Amorim, João Gonçalves C. Sobrinho, João Calixto, Virgílio Moura, Jupyra Lopes e as senhoras Iracema Amorim, Isaltina Victoy, Maria Mourão e D. Mariana de Assis. E assim, em meio a maior alegria, entusiasmo e vibração, os claudienses com os olhos fixos em Deus e em sua Padroeira Nossa Senhora da Conceição Aparecida, deram início à nova vida alicerçada nos preceitos da ordem do progresso.
Tribuna de Cláudio
Nenhum comentário:
Postar um comentário