Santa Casa de Misericórdia de Cláudio : 80 anos de serviços prestados à população claudiense

Teotônio Pio da Fonseca, homem honrado e extremamente caridoso, marcou sua existência com incontáveis benefícios a favor do povo de Cláudio, assistindo, de forma especial, aos mais necessitados. Uma de suas maiores preocupações era a precariedade do Município na Área de Saúde, principalmente no que se referia ao tratamento médico-hospitalar, até então inexistente em Cláudio. Naquela época, a população precisava recorrer às cidades vizinhas, como Carmo da Mata, Oliveira, Itaúna e até mesmo à Santa Casa de Belo Horizonte.

Para a concretização do sonho de criar, construir e instalar uma Santa Casa em Cláudio, Teotônio Pio trabalhou com firmeza e determinação, por muitos anos. Sem se desviar um instante sequer dessa motivação, juntamente com Aladim Ferreira e Mateus Salomé, apoiou a luta pela instalação do Posto de Saúde em Cláudio, ocorrida em 28 de novembro de 1.951. 

No dia 28 de outubro de 1.941, foi fundada a Santa Casa de Misericórdia, provisoriamente instalada no Ginásio ‘Quinto Alves Tolentino’, sendo que sua sede própria só foi construída na Década de 50, tendo sido abençoada a Pedra Fundamental em 05 de outubro de 1952, pelo Padre Manuel da Cruz Libânio. 

Nessa ocasião, a construção do prédio já se iniciara, estando já erguidas quase todas as paredes da estrutura principal. 

Para levar adiante o projeto tão almejado, Teotônio Pio, como primeiro Provedor da Instituição, reuniu um grupo de benfeitores que, de muito bom grado, contribuíram com recursos financeiros próprios e com a realização de campanhas para arrecadação de fundos destinados à construção do prédio, situado na antiga Rua da Ladeira, posteriormente Avenida Araguaia.

Muitas verbas foram obtidas junto ao Governo Estadual, inclusive através do Deputado Dr. Gabriel Passos, durante a gestão do Prefeito Levy Victoi de Freitas, em 1.949. A comunidade toda participou das campanhas em prol da construção da Santa Casa, inclusive os organizadores do primeiro ‘Rodeio’ realizado em Cláudio, no ano de 1.959, que fizeram reverter para as obras de construção da Santa Casa toda a renda do Evento.

O funcionamento começou naquele ano. O primeiro médico foi o Dr. Nicanor Simeão da Silva, ótimo profissional e grande amigo do povo de Cláudio, onde deixou marcas indeléveis de um relacionamento profissional e pessoal do mais alto nível. 

Seguindo os passos altruístas de seu fundador, a Santa Casa continua na busca incessante de atender às necessidades daqueles que a procuram, carentes, em sua maioria, de todo tipo de ajuda. 

Atualmente a Santa Casa conta com uma Irmandade , responsável pela composição da Diretoria Administrativa, conta também com apoio do Poder Público Municipal e com o trabalho das Amigas da Santa Casa e alguns benfeitores Claudienses.

Com Reportagem de fotos Tribuna de Cláudio.

►Catadoras de lenha: tradição é mantida viva em Carmo da Mata, ainda mais agora com a alta do gás de cozinha .

Em muitas moradias de Carmo da Mata, resistindo ao tempo, o fogão à lenha fica aceso boa parte do dia, mantendo sempre quente uma gostosa comidinha caseira. 

Uma vez ou outra, como de costume, ainda pode se ver em Carmo da Mata mães, filhas, noras, crianças, amigas e vizinhas, transportando feixes de lenha seca; elas vão subindo as ladeiras de pastagens que rodeiam o perímetro urbano da cidade. 

Caminham sempre cantarolando algumas cantigas, principalmente relacionadas à religião. 

Esse costume é antigo em Carmo da Mata. Passando de avós para filhas, netas e bisnetas, de geração para geração.

Em alguns depoimentos dessas catadoras de lenha, um nos chamou mais a atenção; segundo elas, os fazendeiros não gostavam de suas presenças em suas propriedades. Muitas vezes elas tinham que arrebentar as cercas de arame para facilitar a passagem. Quando  não arrebentavam as cercas, deixavam os arames bambos, facilitando a saída de animais como gado e cavalos.

Ao catar as lenhas, as mulheres vão formando feixes, uns grandes, outros medianos, sobre cordas de bacalhau, ou até mesmo de embira; os feixes vão ficando compactos até o tamanho desejado. 

►Rodilha

As rodilhas são feitas de um pano grande que é enrolado em forma de círculo e colocado sobre a cabeça, para amortecer o peso do feixe de lenha. As catadeiras ajudam, umas às outras, a colocar o feixe de lenha sobre a cabeça.

Tribuna do Carmo

Cafezal em flor na Comunidade do Quilombo Zona Rural de Carmo da Mata.

copa carregada de flores brancas anuncia que tem início mais um ciclo produtivo do café, planta que foi a responsável pelo desenvolvimento do Estado de Minas e da região Centro-Oeste como Carmo da Mata. A floração do café - um espetáculo da natureza – pode ser vista em vários cafezais nas comunidades rurais de Carmo da Mata. 

Normalmente, a floração ocorre entre setembro e outubro e dura, aproximadamente, uma semana, quando o desabrochar das flores atrai insetos, beija-flores, abelhas, e borboletas, devido à grande quantidade de néctar existente nas flores. A média de duração das flores é de uma semana. Nessa etapa, é necessário propiciar uma correta quantidade de água para os cafezais, de forma a garantir a produção de frutos de 

qualidade e uma uniformidade na colheita. 

Essa bela paisagem é da Comunidade Rural do Quilombo e o registro fotográfico foi feito por Antônio Leanderson De Castro.

Tribuna do Carmo 📰

POVOADO DO QUILOMBO —► Projeto de Valorização das Nascentes Locais é proposto pela Nacional de Grafite em Carmo da Mata

Segundo a Nacional de Grafite, o presente projeto visa atender a uma demanda do povoado do Quilombo, manifestada durante a realização do Diagnóstico Socioambiental Participativo junto aos moradores

locais.

Conforme evidenciado pelos participantes, a comunidade conta com espaços naturais em

que predominam a abundância de fontes de água, tais como cachoeiras e nascentes. Além

disso, também são compreendidos espaços de cultura e lazer para a população local, bem

como pontos turísticos e toponímicos.

Tais espaços, segundo relatos dos moradores, tem apresentado, gradativamente a redução da oferta de água, que apesar de não chegar à níveis de escassez, tem causado

o receio quanto a manutenção da oferta hídrica.

Nesse sentido, apresentou-se por parte da comunidade, uma demanda voltada a

conscientização ambiental para melhor uso dos espaços naturais e de lazer, além da

revitalização de nascentes locais. Foram sugeridas atividades educativas que

envolvessem ações de conscientização com foco em reflorestamento, palestras e oficinas.

Os espaços naturais, como as nascentes e cachoeiras, são considerados pelos moradores como uma das potencialidades da comunidade, o que reafirma a necessidade de um programa de educação ambiental voltado à sua manutenção.

Diante o exposto, serão buscadas formas de trabalhar os temas de maneira aplicável ao

cotidiano do povoado, através do engajamento e envolvimento contínuo dos stakeholders desde o planejamento, passando pela execução, até o monitoramento e avaliação das atividades realizadas. O projeto visa a formação de um protagonismo social, no qual a comunidade desenvolva ações independes e autônomas.

►Dados fornecidos pela Nacional de Grafite de acordo com o Programa de Educação Ambiental