Coronel da PM renuncia a cargo por “maioria bolsonarista”
Glauco comandou o policiamento da capital do Estado antes de passar para a reserva. Em janeiro, em entrevista ao Estadão, disse que se sentia envergonhado como militar diante de “tantas ações atabalhoadas, extravagantes, ridículas e mesquinhas” do governo Bolsonaro. Na carta entregue nesta quarta, o coronel volta à carga contra o presidente.
“Convivi com um jovem deputado chamado Jair Messias Bolsonaro no inicio dos anos 90. Ele é a antítese do que é um militar na acepção lata da palavra”, afirmou.
“Convivi com um jovem deputado chamado Jair Messias Bolsonaro no inicio dos anos 90. Ele é a antítese do que é um militar na acepção lata da palavra”, afirmou.
“Como todo espertalhão, prega a ordem, mas descumpriu a ordem estabelecida em normas legais no final dos anos 80. Como todo falastrão, defende o militarismo, mas foi um indisciplinado por excelência. Como todo estelionatário, prega moralismos, mas é useiro e vezeiro em transgredir preceitos éticos públicos. Como todo incauto, despreza e desdenha da doença e da dor alheias. Como todo insensato, cria confusões e disputas em torno de problemas que na realidade não existem. Como todo radical, agride verbalmente e ofende seus adversários. Como todo imaturo, não pode ser contrariado. Como todo estulto, quer valer-se das armas para depor os mecanismos pelos quais ele foi alçado ao poder. Como todo arrivista, quer o poder pelo poder”, disse Glauco.
O coronel também criticou a aproximação de Bolsonaro com o ‘centrão’, afirmando que o Planalto hoje “depõe sua confiança em parte do estamento político contra o qual fez toda sua campanha”, como Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto. “Suas relações incestuosas com a família Queiroz são o retrato mais aparente da prática delituosa da família Bolsonaro”, afirmou Glauco.
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