A pandemia e o pandemônio
O mundo vive um momento de grandes preocupações em razão da pandemia do novo coronavírus e dos conflitos decorrentes das diferentes visões acerca das ações a serem adotadas para combater o vírus e minimizar suas consequências sociais.
No Brasil, essa crise sanitária, sem precedentes na história da humanidade, também é uma realidade, que ganha a cada dia contornos mais dramáticos. À crise sanitária, aqui soma-se a crise econômica e política.
Diante desse quadro crítico, em que mais de 80 mil vidas já foram perdidas, o Brasil caminha para uma eleição municipal atípica, em muito diferente de todas as que ocorreram depois da Constituição cidadã de 1988.
As mais de 5 mil cidades brasileiras, em sua maioria carentes de emprego, educação, saúde, segurança e infraestrutura dignas, enfrentam um desafio em comum: escolher, pela soberania do voto, seus prefeitos e vice-prefeitos e vereadores para, respectivamente, administrar e legislar.
Nesse contexto, a experiência administrativa, a competência e a disposição para planejar e executar ações em prol da população, com a participação efetiva desta, significam a perspectiva de dias menos difíceis diante da pandemia e do pandemônio que enfrentamos.
O cenário atual é de verdadeiro pacto pela vida, bandeira capaz de reunir todas as cores partidárias, independentemente das disputas político-eleitorais que se avizinham.
O combate ao pandemônio ocasionado pela pandemia passa pelo fortalecimento da democracia e direitos da população, cujo exercício pleno dar-se pela soberania popular do voto.
Artigo escrito por Urbano Medeiros
Professor e advogado
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