Pés saudáveis
São 26 ossos, 114 ligamentos, 20 músculos e a responsabilidade de sustentar o corpo. Mesmo com essa importante função, os pés ficam sempre de lado na nossa atenção diária, certo?
A maioria das mulheres cuida dos pés somente nas idas à pedicure. Entretanto, essa é uma das áreas que mais acumula tensão pois precisa enfrentar os saltos, sapatos de bico fino e apertados. No final do dia, o resultado é imediato: dores, bolhas, calos e unhas encravadas.
Os problemas decorrentes da falta de cuidados com a higiene são os que mais levam os pacientes aos consultórios.
“Cerca de 90% dos casos ficam por conta de micoses, seguidos pela calosidade e pela verruga plantar, mais conhecida como “olho de peixe’”
A maioria desses transtornos é causada por falta de cuidados básicos: usar objetos (alicates, tesouras e lixas) infectados, deixar os pés úmidos, usar sapatos inadequados, andar descalço ao redor de piscinas e na areia da praia.
Já nas clínicas de podologia, os principais incômodos são os calos. Por isso, não é recomendável passar, com frequência, lixa na planta dos pés. Os calos nada mais são do que uma defesa do organismo, mais especificamente da pele, contra o atrito com o solo”, explica.
“Ao comprar um calçado, a regra básica é conforto, o indicado é escolher um modelo no fim da tarde, quando os pés geralmente estão um pouco inchados. O pé não pode ficar espremido, mas distribuído de forma harmoniosa”.
Para lhe ajudar, os cuidados para recuperar os seus pés, deixá-los macios e… inteiros!
Limpar e secar
“Isso significa esfregá-los com esponja, água e sabão, com uma atenção especial na parte entre os dedos e cantos das unhas. E, para completar o ritual de limpeza, depois do banho, secar bem os pés com uma toalha”. Uma boa dica para garantir a secagem e afastar os fungos causadores das frieiras é passar papel higiênico entre os dedos.
Cortar as unhas em formato quadrado
Esse tipo de corte, em ângulo reto, evita que as unhas fiquem encravadas. Se isso for feito por um pedicure ou um podólogo, é ideal certificar-se de que os objetos (tesouras e alicates) utilizados pelo profissional estejam esterilizados e as lixas sejam descartáveis. Objetos contaminados podem transmitir doenças como Aids e hepatite.As estufas para esterilização desses materiais, geralmente, devem ter temperatura mínima de 170º C, e os objetos precisam permanecer nela por pelo menos duas horas.
Ao escolher o profissional, o ideal é verificar se ele tem a formação técnica e os cuidados de higiene necessários para realizar o tratamento. “O bom podólogo deve levantar primeiramente o histórico médico do cliente e, de preferência, trocar os instrumentos descartáveis sempre em sua frente. Assim, o trabalho fica mais transparente”.
Aprender quando e como escolher um sapato
Ao comprar um calçado, a regra básica é o conforto, ou seja, nem apertado, nem largo. “O indicado é escolher um modelo no fim da tarde, quando os pés geralmente estão um pouco inchados. As palmilhas e solados devem ser macios, com sistema antiderrapante e formato que não aperte os dedos em cima e nas laterais”, alerta o podoterapeuta Luiz Pedreira.
Por isso, as mulheres devem evitar o modelo chamado “bico fino”, que comprime os dedos. Em geral, de acordo com os especialistas, os modelos de couro com formato quadrado na ponta são os mais indicados, tanto para homens quanto para mulheres.
E, para quem costuma comprar palmilhas por conta própria, um alerta: a indicação desse acessório deve partir sempre de um ortopedista. Só ele saberá dizer qual o melhor modelo para cada caso.
De acordo com o ortopedista Carlos Alfredo Lobo Jasmin, usar calçado sem salto, nem pensar. “A altura aconselhada para homens é de no mínimo 1,2 cm a 2 cm, e, para as mulheres, de 1,2 cm até 5 cm”, afirma.
Para a manutenção da saúde dos pés, a dica é usar o mesmo par, no máximo, por dois dias seguidos. “Antes de guardá-los, é recomendável que sejam colocados em área ventilada e onde tenha raios solares”.
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