A política em Carmo da Mata imita a sétima arte
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Na Antiguidade, os gregos e romanos classificavam como arte a pintura, a escultura, a oratória, o teatro, a poesia, a música e a dança. Mas foi no século XVIII que as manifestações criativas foram estudadas e classificadas em dois grupos: as belas artes e as belas letras. As belas artes eram seis: arquitetura, escultura, pintura, gravura, música e coreografia. Das belas letras faziam parte a gramática, a eloquência, a poesia e a literatura. Quando o cinema surgiu, em 1895, inventado pelos irmãos Lumière, foi classificado como arte e ganhou o rótulo de “sétima arte”. Assim como a vida imita a arte, iremos também imitar a arte na política.
Um dos mais famosos filmes de Western da história do cinema, Sete Homens e um Destino, lançado em 1960 nos Estados Unidos, tendo no elenco Yul Brynner, Charles Bronson e Steve McQueen, conta a história de sete homens que se juntaram, quando conclamados pela população, a lutar por uma pequena cidade mexicana. Esse conhecido enredo de faroeste se adapta bem às perspectivas políticas de Carmo da Mata no que diz respeito à definição de nomes para a próxima eleição municipal.
Tal como nas telas do cinema, há sete homens cogitados informalmente nas rodas políticas carmenses para ocupar a cadeira de chefe do Poder Executivo Municipal. (Esse número está, naturalmente, sujeito a mudanças, de acordo com a evolução do quadro político). Ao contrário, porém, da famosa produção cinematográfica norte-americana, aqui os sete homens na disputa não deverão lutar do mesmo lado, pois serão adversários. (O que não impede alguns conchavos na luta pelo poder).
Esses sete homens não precisam ter seus nomes colocados agora, até porque eles já estão sendo bastante comentados nos meios políticos locais. É possível que uns sejam mais cotados no momento atual e se mostrem, depois, menos em evidência, e vice-versa, sendo difícil prever, desde já, como vai se comportar o sobe-e-desce da política local. Também não se pode prever que estratégias eles irão usar, pois, a exemplo dos Sete Homens do cinema, cada um tem sua maneira peculiar de perseguir o destino.
Uma coisa, no entanto, já é possível prever: qualquer que seja o estilo de luta política adotado por cada um desses presumidos postulantes ao cargo de prefeito, eles terão que se adaptar às circunstâncias. Estas, por sua vez, mostram um quadro bastante diferente daquele verificado nas últimas eleições municipais. A diferença está no perfil esperado do próximo administrador. Seja ele quem for, sua tarefa é a de manter no mesmo nível e na mesma velocidade a política de obras e serviços realizada atualmente.
Na prática, o próximo prefeito tem diante de si um desafio grande, que é o de igualar, em realizações, a atual administração, a qual, embora não seja perfeita, já que nenhuma o é, vem conseguindo conquistas cujo valor e a importância não podem ser negados por ninguém.
Se não quiser desafinar e incorrer no desagrado do povo carmense, o próximo administrador terá, no mínimo, que igualar a esse nível, até aqui inédito, de conquistas. O que se percebe, de fato, é que o povo carmense vem amadurecendo progressivamente, e hoje, coloca, antes de qualquer outro critério de escolha, a capacidade de realização e a ética administrativa. Essa ética e essa capacidade de realização são o “destino” que os Sete Homens atualmente cogitados terão de perseguir. Em nome do interesse público, que vença o melhor.
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