quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MÚSICA


Sexto encontro incentiva tradição musical

 

Timbres, melodias e arranjos variados foram a atração do VI Encontro de Bandas de Carmo da Mata. Realizado no domingo, 16/09, o evento levou à Praça Presidente Vargas diversos apreciadores da música. Fez parte da programação a apresentação das bandas de Cana Verde e Campo Belo, além da Filarmônica Santa Cecília, de Carmo da Mata. Na primeira parte do encontro, cada banda                                                                                                                                                apresentou-se mostrando um pouco de seu repertório. Em seguida, as três bandas deram uma volta na Praça Presidente Vargas e reuniram-se na porta da prefeitura, no encontro chamado “bandão”, para tocarem o hino nacional. À tarde, as bandas reuniram-se novamente, apresentando músicas antigas e atuais.Os músicos que participaram do encontro foram recepcionados com um café da manhã. Após as apresentações, eles participaram de um almoço. As refeições foram oferecidas pela Prefeitura Municipal de Carmo da Mata, que também arcou com as despesas do aluguel da tenda montada na praça. 

Corporações são parte da tradição brasileira

As corporações são uma das mais importantes e antigas tradições musicais brasileiras. Segundo estudiosos, as primeiras bandas têm sua origem no século XVIII, quando se multiplicaram no país as irmandades cecilianas (numa referência à Santa Cecília, padroeira dos músicos), que tinham caráter civil e religioso. Admite-se, porém, que a maior influência para a evolução das bandas está na tradição militar. Portugal trouxe ao Brasil o costume de dotar as unidades militares de corporações musicais, incumbidas de manter o ânimo das tropas elevado, funcionando, ao mesmo tempo, como um símbolo das mesmas.     
As corporações militares contribuíram para a formação não apenas das bandas, mas também das fanfarras, que são conjuntos musicais mais simples, do ponto de vista da instrumentação empregada. A influência militar mostra-se tanto no repertório das bandas, incluindo, geralmente, marchas e dobrados bastante populares nos quartéis, quanto no hábito de os músicos se apresentarem uniformizados, a exemplo das bandas marciais. As influências religiosas e militares podem ser vistas na escolha da instrumentação, que inclui instrumentos de percussão e de sopro de metal, característicos das fanfarras, além de instrumentos de sopro de madeira.
No que diz respeito à instrumentação, as bandas se diferenciam das orquestras pela ausência de instrumentos de cordas e pela inclusão de outros instrumentos, que as formações orquestrais geralmente não apresentam, como os bombos e bombardinos, que integram a seção de percussão. O caráter versátil das modernas bandas brasileiras, aliado à sua extraordinária aceitação popular, fez com que elas passassem a integrar desfiles cívicos, cerimônias religiosas e solenidades governamentais, além de se mostrarem presentes nos principais eventos de caráter cultural ou de entretenimento. Em várias cidades, as bandas e liras participam até mesmo de festejos carnavalescos.
Atualmente, as bandas estão presentes em todas as regiões brasileiras. Minas Gerais é considerado o Estado com o maior número delas. Segundo dados da Secretaria de Estado da Cultura, existem hoje mais de 600 bandas ativas, que congregam cerca de 20 mil músicos de todas as idades. A grande maioria deles atua por amor à arte, sem qualquer remuneração. Para manter a tradição e renovar seus quadros, as bandas costumam manter escolas de formação abertas aos interessados. Em vários municípios, as atividades musicais recebem o apoio do poder público municipal, podendo receber, eventualmente, recursos de outras esferas de governo e da sociedade.    
Com reportagem de Hérica Viotti


Nenhum comentário:

Postar um comentário