quinta-feira, 13 de setembro de 2012

HOMENAGEM

José Prado - "Juca do Paulino" 


Seu pai, Paolino Prado, nascido em Fornacci di Barga, região da Toscana, na Itália, chegou ao Brasil em 1901, com a idade de 9 anos, na companhia da mãe e de uma irmã, tendo desembarcado no porto do Rio de Janeiro e dirigindo-se, em seguida, para a pequena Villa de Cláudio, que se tornou o berço de sua família.    
Dotado de um talento nato para os negócios, de muita coragem e de disposição para vencer as dificuldades típicas da vida dos imigrantes naqueles tempos, trabalhou arduamente, com o propósito de proporcionar uma vida melhor aos seus familiares, tendo lidado com os mais diversos tipos de serviço, principalmente no ramo de construções.
Casou-se com Júlia Gonçalves Barroso e tiveram 7 filhos: Maria, Bonalda, Júlia, José (Juca), Venturina, Paulino (Paulininho) e Antônio (Tampinha).
Juca do Paulino:
95 anos de Vida!                                
Filho de Paulino Prado e Dona Júlia, José Gonçalves Prado nasceu em Cláudio, no dia 25 de agosto de 1917. 
Estudou em São João Del Rei até a quarta série quando, a pedido de seu pai, voltou para Cláudio a fim de começar a trabalhar.
Inicialmente trabalhou no comércio da família, Prado Irmãos e Cia, a famosa, sempre querida, hoje saudosa Casa Prado, que vendia tecidos, alimentos, papelaria, vestuário, calçados, ferramentas e diversos artigos do cotidiano da população.
Juca trabalhou no Banco da Lavoura, primeiro como correspondente e depois como gerente. Ele conta que, na época, o Banco só investia e concedia empréstimos para outras cidades, pois Cláudio não possuía indústrias ou atividades ‘de peso’ que justificassem investimentos, o que o incomodava muito.
Pressentindo o potencial de crescimento da cidade, Juca decidiu colocar seus esforços em função do desenvolvimento de uma atividade que atraísse os olhares dos investidores. Reuniu um grande grupo de acionistas para construírem uma indústria siderúrgica em Cláudio, que gerou muitos empregos diretos e indiretos, e conquistou os tão desejados investimentos bancários. Naqueles tempos, a cidade ainda era muito pequena e havia muito desemprego. Dentre as várias pessoas que duvidaram que ele conseguiria, estava também seu pai, Paulino, que dizia: “Você está com os pés fora do chão”.
 Alguns anos depois, saiu da sociedade da Siderúrgica Claudiense e, juntamente com mais dois sócios, comprou a Siderúrgica São Paulo, que estava endividada e quase falida. Juntos eles conseguiram equilibrar as contas, fazê-la crescer, gerar empregos e lucrar. Mais uma vez conseguiu atrair investimentos para a cidade.
Juca Prado casou-se com Lia Barroso Prado, falecida em 1993, e teve dez filhos: Maria José, Mauro, Mírian Júlia, Marcos Marconi, Marlene, Múcio, Marcília, Mozar Paulino e Maisa.
Juca transferiu-se para Divinópolis em 1960.
Foi Sócio da Chevrolet, proprietário da “Esquimone” (Fábrica de picolé), dono de uma madeireira, entre outros empreendimentos.
Bom jogador de futebol, quando jovem, em Cláudio, jogou algum tempo no antigo Independência, que mais tarde se tornou o Esporte Clube Claudiense. Teve oportunidade de jogar no América, mas como na época a profissão era pouco valorizada, optou por não continuar.
Eram seu ‘hobby’ a caça, a pescaria e, até hoje, o jogo de baralho.
Ele tem um especial carinho por sua cidade natal e diz que, se ainda tivesse sua antiga casa naquela esquina da rua Itaúna com a rua Belo Horizonte, voltaria a morar lá.
Até hoje escreve “Cláudio” no campo “cidade” dos cheques que assina.
A cidade de Cláudio reconhece o valor do claudiense Juca do Paulino para o progresso que hoje desfrutamos, e é com imenso carinho que o felicitamos nesta data em que completa 95 anos de uma vida plena, no seio da maravilhosa família que constituiu e da qual é o personagem principal. 
Texto base: Neta Aline Prado
Noeme Moura.



Nenhum comentário:

Postar um comentário