—►As Lendas no Brasil, e em todo o interior brasileiro, são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do povo brasileiro, e dos próprios municípios.
Precisamos levar em conta que uma lenda não significa uma mentira, nem tampouco uma verdade absoluta, o que devemos considerar é que uma história, para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo uma parcela de fatos verídicos, pois já diz o jargão popular que a “a voz do povo é a voz de Deus”.
Dona Maria Assis de Oliveira, filha do saudoso Senhor Lafaiete, mais conhecido como ‘Lafaiete Rôla’, em entrevista à Tribuna do Carmo, conta que ouvia, dos ‘antigos’, bem como de seu Avô, o Senhor Francisco Marques, mais conhecido como ‘Chico Rôla’, que na atual Praça da Estação Ferroviária tinha um Cruzeiro, o “Cruzeiro das Almas”. “Quando alguém do Povoado da Forquilha morria, os fazendeiros vinham, a cavalo, e os empregados a pé, trazendo o caixão para que o sepultamento fosse providenciado”, disse Dona Maria, com certo ar de respeito e um olhar de mistério.
Segundo Dona Maria, os empregados andavam com alguns pedaços de pau, pois, segundo eles, no caminho tinham animais, como onças, lobos e outros animais de uma fauna que hoje não existe mais, ou estão em extinção, em terras carmenses. “Os empregados, quando passavam em frente ao Cruzeiro, ouviam um som estranho, semelhante a uma campainha de sinos e que, num certo dia eles estavam vindo para um enterro e que o ‘Divino Margarida’, que havia ficado para trás, passou a ouvir o estranho som da campainha tocar e, em seguida, correu, velozmente, de volta, até a Forquilha”, continuou Dona Maria.
Segundo a história oral, “quando a campainha tocava, diziam que eram as almas que estavam convidando para rezar o Terço”.
O tempo passou e após muitos anos, o Cruzeiro teve sua madeira apodrecida e não colocaram outro no lugar.
Após esse período, construíram a primeira Estação Ferroviária de Carmo da Mata, onde hoje está localizada a residência de Dona Maria.
Somente depois foi construído o segundo prédio da Estação Ferroviária, onde hoje localiza-se e denomina-se a Casa de Cultura Armando Sábato.
Enquanto isso, os mistérios continuaram...
►Tribuna do Carmo – Imagem meramente ilustrativa
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