Ipês mudam a paisagem de Carmo da Mata no inverno
Árvore que tem sua florada na estação colore a paisagem no Estado. Em Carmo da Mata, ele está em quintais, calçadas e jardins das casas.
O inverno mudou a paisagem de várias cidades de
Minas Gerais. A florada dos ipês deixou as cidades mais coloridas, e algumas
pessoas até mudaram o percurso, de casa para o trabalho, para apreciar as
flores.
A florada surge em grandes buquês. O leve perfume e
o formato em tubo das flores são para atrair visitas. O bico dos beija-flores
encaixa-se bem e suga o néctar que alimenta, também, outros pássaros e insetos.
Os ipês florescem no tempo seco e frio, quando cai
a maior parte das folhas. Para quem passa pelas calçadas ou trabalha perto
deste privilégio, é difícil não parar.
Existem mais de 20 espécies de ipês, mas nesta
época do ano, na nossa região, predomina o ipê amarelo. É comum encontrar esta
espécie em jardins de casas e empresas, em praças e em calçadas, já que as
raízes não são muito invasoras.
Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa
árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez
espécies de árvores com características semelhantes, de flores brancas,
amarelas, rosas, roxas ou lilases. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são
mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer
arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em
algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na
Argentina e no Paraguai ele é conhecido como lapacho. De forma geral, os ipês
ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas também podem aparecer de
forma exuberante no Cerrado e na Caatinga. A Tabebuia
chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre
na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome
científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos
ramos novos.
Conhecidos por sua beleza e pela resistência e
durabilidade de sua madeira, os ipês foram muito usados na construção de
telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas
dessas construções teriam se perdido com o tempo. Até hoje a madeira do ipê é
muito valorizada, sendo bastante utilizada na construção civil e naval. Hoje é
muito difícil encontrar uma árvore de ipê-amarelo em meio à mata nativa, quando
isso acontece, o espetáculo é grandioso e merece ser apreciado com calma e
reverência. Podendo atingir até 30 metros de altura, o ipê em flor, no meio da
mata, contrasta com o verde das outras árvores. As variedades de pequeno e
médio porte (8 a
10 metros)
são ideais para o paisagismo e a arborização urbana. A coloração das flores
produz um belíssimo efeito, tanto na copa da árvore como no chão das ruas,
formando um tapete de flores contrastantes com o cinza das cidades.
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