quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Racismo: o crime da intolerância


Todos entendem que as pessoas são diferentes entre si. Não há dois seres humanos que sejam perfeitamente iguais, mesmo irmãos gêmeos possuem diferenças de comportamento e características psicológicas diferentes. Ainda assim, continua a existir o comportamento de rejeição e ódio provocado por diferenças de características entre as pessoas.
Alguns indivíduos insistem em maltratar aqueles que de alguma forma são diferentes. Pode ser por diferença de gênero, por opção sexual, por escolha de religião, por raça ou por cor. Em todas essas ocasiões ocorre uma agressão à dignidade do ser humano, um ataque ao valor que todos temos pelo simples fato de representarmos a condição de humanidade.
Entre esses comportamentos condenáveis está o racismo, atitude de desprezar e tentar desvalorizar outras pessoas pela sua cor ou origem racial. A gravidade dessa prática é tão séria que foi normatizada em nossa legislação como crime inafiançável, ou seja, quem o pratica não pode usar o recurso da fiança para responder ao processo em liberdade. Para se ter uma idéia do que isso representa, só crimes extremamente graves, como o terrorismo, a tortura e o tráfico de drogas  estão  nessa mesma situação.
As pessoas devem entender que rotular outro ser humano como inferior pela cor de sua pele só demonstra uma falta de conhecimento sobre a inexistência de diferenças biológicas que definam o valor de cada pessoa. Além disso, quem pratica o racismo acaba expondo sua insegurança e incompreensão com as diferenças, talvez com medo de ser menos capaz do que aquele a quem ele tenta classificar como inferior.
Outro lado do racismo é o comportamento de algumas pessoas que se dizem vítima constante e eterna do preconceito racial e por isso não conseguem melhorar de vida. Muitos se escondem atrás desse argumento para justificar sua miséria ou sua incapacidade de conseguir melhores trabalhos ou salários. Ainda que seja uma verdade histórica a diferença na posição social e condição salarial influenciada pela cor do trabalhador, também é verdade que aqueles que continuaram a se esforçar conseguiram atingir os patamares mais altos.
A postura que se espera de pessoas esclarecidas é de condenar o racismo, ou qualquer manifestação de preconceito, e de incentivo ao desenvolvimento de todos os indivíduos para alcançar a realização de todo o seu potencial como ser humano, não importando a cor, raça, sexo ou qualquer outra característica que possa diferenciá-lo dos demais.
 José Marco Rezende  Andrade

Um comentário:

  1. VALEU JOSE MARCO! A TRIBUNA ARRASOU COM SEU ARTIGO, POIS PARA MIM ,As diferenças nos fazem ser iguais.

    Aqui somos todos um enquanto um não são todos.

    Preconceito é crime intelectual.

    Sociedade é formada por pessoas.

    As diferenças não são prioridade perante a ética moral.

    Conviver bem é viver melhor.beijos Rosilea Cesar de Assis

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