DESFILE

Carmenses levam a tradição dos carros de boi às cidades vizinhas

Os carmenses Raimundo Mariano Rodrigues e José Bernardo Filho (Fiinho), mantêm viva a tradição dos carros de boi em Carmo da Mata e região. Os dois têm trazido às ruas de Carmo da Mata, Morro do Ferro, Carmópolis de Minas, Oliveira e Cláudio, o rangido de oito carros de boi que encantam o público.

Os amigos têm levado os seus carros de boi para abrilhantarem festas em nossa cidade e região. Uma delas aconteceu recentemente, na vizinha cidade de Cláudio, no dia 19/08, quando os carros desfilaram no encerramento da festa de reinado.

O som estridente que os carros de boi produzem durante o desfile é motivo de orgulho para o senhor Raimundo e Fiinho. A dupla se empenha ao máximo para mostrá-los à comunidade e manter viva esta tradição. Com estes desfiles, os mais jovens têm a oportunidade de aprender tradições e admirar elementos de nossa cultura, como o próprio som dos carros de bois.

História dos carros de boi

O carro de boi é um dos meios de transporte mais antigos da humanidade. Muito conhecido por chineses, egípcios, indianos e europeus de modo geral, ele chegou ao Brasil com os primeiros colonizadores portugueses e logo ganhou importância para a economia local. Por vários anos, foi o mais importante transporte de carga e de pessoas, além de ter sido indispensável nos
engenhos de cana-de-açúcar do Nordeste. O carro de boi só perdeu sua primazia na economia brasileira alguns séculos depois, mas ainda hoje, seu canto (som que sai do contato entre o eixo e as rodas) é ouvido na zona rural de muitas cidades brasileiras, principalmente nordestinas. No nordeste brasileiro, o carro de boi ainda é um meio de transporte importante para a economia e está muito vivo na cultura popular. O carro de boi é um dos mais primitivos e simples meios utilizados para o transporte de cargas e, até hoje, é encontrado no meio rural. Ele é um importante elemento cultural das comunidades do campo. Ele era utilizado, principalmente, como meio de transporte para escoar a produção agrícola do interior. Com o avanço tecnológico, essa prática quase se perdeu no tempo. E, com estes desfiles, vem mantendo viva  esta tradição.