quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Crônica


“O jogador da praça”
Por Fabrício Teles Rodrigues
PROFESSORA: ADENITA ASSIS DE SOUZA AMORIM
Sentado naquele banco da praça, numa mesa, reunia seus amigos para um jogo de cartas. Era um senhor bem vestido, chapéu só de elegância, parecia burguês de humildes palavras. Não escolhia classe, não escolhia gestos, era gentil com todos que por ali estavam, mesmo sem conhecê-los.
Procurava por um parceiro de jogo, tarefa fácil para ele. Era um bom jogador!
O sol da tarde era bloqueado pela imensa árvore cutia, que não se opunha ao cargo. Acomodado à mesa, sentado frente a frente com o companheiro, trocava sinais e jogadas para levar a melhor na rodada.
- Truco! - gritava alto, afim de intimidar o adversário.
- Vale seis! - mais alto o oponente.
- É nove! - nesta levou a melhor. Jogou como se fosse um veterano.
O tempo passava e ele continuava ali, sentado no banco, jogando truco, sem se preocupar com trabalho ou dinheiro. Queria somente se divertir com amigos de infância. Dizia ser os últimos anos de sua vida.
Fim do dia. Fim do jogo. Fim de um momento que se repetia todos os dias. Ontem, semana passada, mês passado. Volta para casa com o sol poente, na boca da noite. Amanhã é outro dia. Amanhã é outro jogo.

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